Os trabalhadores da educação promovem marcha na capital federal. A categoria
protesta contra uma proposta do governo de atrelar o cálculo do reajuste do
piso do magistério ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
Atualmente, a legislação determina que o piso dos
professores deve ser corrigido de acordo com o percentual de crescimento do
valor mínimo anual por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb).
"Vamos alertar as autoridades que não iremos
aceitar nenhum retrocesso ou perda de direitos. Vamos recorrer às greves e atos
públicos para atingir os nossos objetivos," disse Roberto Leão, presidente
da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), uma das
organizadoras da marcha.
Os manifestantes concentraram-se em frente à Torre de
TV, no Eixo Monumental, uma das principais vias no centro da capital, e irão
caminhar até o Congresso Nacional, onde devem chegar por volta do meio-dia. Ás
14 horas, está prevista reunião com a ministra da Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, e às 15 horas, com
o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).
"Somos a sexta economia rumo à quinta nos
próximos anos e não temos uma educação com devido financiamento. Isso irá gerar
gargalos para o desenvolvimento nacional", disse Antonio Lisboa, diretor
executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), também organizadora do ato.
A pauta de reivindicações da marcha envolve outros
temas, além de educação, como a suspensão do Decreto 7777, de 24 de julho de
2012, que transfere atribuições da administração pública federal a governos
estaduais e municipais durante greves de servidores públicos federais.
Agência Brasil.